Utopia

Queria que tudo fosse diferente

Que não houvesse nostalgia, ansiedade

Que a vida não fosse essa falsa liberdade!

Que não houvesse presságios

Que todos tivessem ousadia de lutar

Que não se sentissem mártires

Fossem prontos para se amar.

Queria que todos fossem privilegiados

Que não subjugassem o irmão

Queria nada possuir

Porque tudo seria em comunhão

Seria isso uma utopia?

Lirismo barato, mistério!

Talvez eu tenha a ousadia

De sonhar calado, aéreo!

Do livro Retrato Poético, de Célia Nunes Cunha Alves

Um sonhador

Todo sonhador tem uma história de dor

Mas só um sonhador é capaz de imprimir marcas de amor

Suas dores tornam-se poesias

Suas canções são sua história de vida

Intensidade é a sua identidade

Um paradoxo de bravura e sensibilidade

Em suas guerras, encontra paz

Porque, no Criador, ele descobre um Pai

Seu coração é livre de amargura

O perdão é o remédio que cura

A realidade não é o seu limite

Ainda que ninguém acredite

Porque para muitos, ele é um louco

Incompreendido, banalizado como um tolo

Mas um sonhador é como uma criança

Que nunca perde a esperança

Em seu sorriso há pureza

Em seu olhar, luz e beleza

Não no que ele pode ver

Mas naquilo que ele pode crer

Assim como o sol

Que nasce um dia de cada vez

Um sonhador se levanta

E começa tudo outra vez

Bom seria se o mundo entendesse a alma de um sonhador

Mas o que é o mundo 

Diante de um Deus criador?

Que até dos nossos sonhos, é o Senhor

Se ele te deu asas para voar

Não se importe quando alguém te criticar

Nunca pare de sonhar

Amanda Prado

Por que sou membro da Plenária?

Na minha vivência e nas minhas andanças por esse mundo afora, independentemente de raça, credo, cultura..., tenho tido a percepção de que precisamos cada vez mais de aceitação, de fazer parte de alguma organização, enfim, de nos sentirmos úteis de alguma forma, mesmo porque, querendo ou não, fazemos parte de uma comunidade, de um grupo etc. A verdade é que, como eu também estou inserido nesse sistema, não poderia jamais deixar de dar minha pequena, mas, significativa contribuição à sociedade, mais especificamente à cidade onde moro. Por esse motivo, tomei a decisão de fazer parte da Plenária dos Conselhos Comunitários Urbanos e Rurais de Itaguaí, há alguns anos. Dentre as inúmeras atividades que temos na Plenária, acho que a Ação Social é uma das principais, senão a principal. Vejo que na Ação Social há um maior engajamento de todos os membros, em parceria com algumas entidades do município, para ajudar, apoiar e orientar os moradores locais, em suas necessidades materiais, médicas, psicológicas, judiciais etc. A Plenária tem exercido um papel fundamental há décadas, auxiliando os Conselhos nas suas demandas, que não são poucas, e essa parceria torna-se fundamental para o bom funcionamento de uma engrenagem que jamais deveria parar de funcionar com eficiência. Essa engrenagem pode muito bem ser chamada de progresso, porque sem progresso, nenhuma cidade, nação etc. pode subsistir. Acredito que, como cidadãos, de modo geral, devemos dar o melhor de nós em prol de nosso bairro e de nossa cidade, independente de reconhecimento ou algo do tipo.

Antony José

 

Por que vim para Itaguaí?

O ser humano vive em movimento. Partindo dessa observação, talvez a expressão “ser vivente” ou “ser vivo” faça algum sentido. Nós não nascemos para ficar inertes ou plantados como árvores, embora tais seres sejam vivos e muito úteis também. Mas, a verdade é que, nós seres humanos, não nascemos para crescer, envelhecer e morrer, pura e simplesmente. O que quero dizer é que todos nós nascemos para um propósito. E qual propósito seria esse? O meu, por exemplo, talvez fosse o de somente crescer e evoluir em todas as áreas de minha vida, mas, às vezes, paro para refletir e chego à conclusão de que nasci para algo muito maior, que ainda não descobri, mas, ainda acredito que durante minha caminhada por essa terra, descobrirei. Saí de casa para trabalhar aos 18 anos de idade, depois constituí família e filhos, morei em vários lugares, até vir fixar residência em Itaguaí, cidade da região metropolitana do Rio de Janeiro, e sua população é de mais de cem mil habitantes. Talvez você deva estar se perguntando: Mas, por que você escolheu essa cidade? Posso responder sem nenhum problema. Um colega, que trabalhava comigo e morava aqui, me disse, com muito entusiasmo, óbvio, numa conversa que tive com ele, que aqui era muito bom de morar. Eu estava me aposentando e tinha a opção de me mudar de cidade ou não. Então, decidi vir para cá com minha família para conferir se o lugar era realmente bom, há mais ou menos 15 anos. Não é uma cidade grande, mas, é um lugar que nos acolheu, e, apesar de todas as suas dificuldades e mazelas em alguns setores, como qualquer outra cidade também tem, pretendo continuar lutando a cada milésimo de segundo por uma cidade melhor, porque tenho convicção de que onde moramos, podemos fazer a diferença, e mostrar ao mundo o reflexo de nosso país, através de nossa cidade. Aliás, somos o reflexo do que somos interiormente, e podemos influenciar a todos à nossa volta através do que nos tornamos, das nossas atitudes e comportamentos, sejam negativos ou positivos. Que sejamos não somente cidadãos que querem o melhor para nossa cidade e país, mas, a cada dia que passa, pessoas melhores que sejam admiradas e exemplos para outras.

Antony José

ACADEMIA ITAGUAIENSE DE LETRAS

A Confraria Literária Amantes do Livro, de Itaguaí, agora denominada Academia Itaguaiense de Letras, nasceu dos mais autênticos desejos de unir os escritores da cidade, os amantes da Literatura e todos aqueles que desejam poder levá-la, principalmente aos mais jovens, reeducando-os no prazer da Leitura, fonte de todo o conhecimento humano.

Para a realização desse intento, pretendem os fundadores buscar meios de publicação dos livros de nossos escritores, fomentação de novas bibliotecas, visitas educativas e promocionais às escolas, criação de feiras literárias, com distribuição de livros de autores renomados e produção literária de nossos autores independentes. 

Usando o lema de Monteiro Lobato, "Quem mal lê, mal ouve, mal fala, mal vê," questionar as pessoas no sentido de levá-las a compreender que a leitura é a porta de entrada para o desenvolvimento cultural, social, econômico e político. 

Tem-se ciência das grandes dificuldades que há de se enfrentar para levar a cabo tão grande projeto. Entre elas,  pode-se citar que nosso país é um dos que têm menor número de livros lidos "per capita", do mundo; o retrocesso na educação, nos últimos 30 anos, que criou uma geração de analfabetos funcionais; o fechamento de bibliotecas, em todo o Brasil, nos últimos tempos, por negligência do Poder Público, o consequente desinteresse dos cidadãos e o advento da Internet, que restringiu o sabor de uma boa leitura. Esses, são apenas alguns problemas a serem vencidos, no afã de se recuperar o tempo perdido e popularizar o livro físico, berço natural da Literatura. 

A Academia Itaguaiense de Letras foi formada, inicialmente, por doze escritores e apaixonados pela Literatura. Pretende-se agregar a esse número muitos outros que se sentirão atraídos pelo nosso ideal.

Com sede na Rua General Bocaiúva, 226 - Centro - Itaguaí - RJ, e fundada em 22 de outubro de 2021, já realiza, toda primeira sexta-feira, em parceria com a CAMIAC (Cooperativa de Artesãos do Município de Itaguaí Arte e Cultura), no principal centro turístico da Cidade, o Calçadão, a Feira Literária, com apresentacão de coletâneas de poesias, poemas, crônicas, contos e trechos de livros de nossos escritores, para deleite dos visitantes. Na ocasião, foram distribuídos livros e publicações de escritores reconhecidos e dos nossos. A inauguração de nosso primeiro evento literário aconteceu no dia 14 de janeiro de 2022, às 9 da manhã, no Calçadão de Itaguaí. 

O próximo passo é a visita às escolas, a publicação de livros de escritores locais e lives mensais.

A Academia Itaguaiense de Letras tem como objetivo se apresentar à sociedade, através de cartas ao comércio e indústria, ofícios às autoridades públicas, principalmente à Secretaria de Educação e Cultura, à Casa de Cultura, pelo uso da Internet e outros meios de divulgação, visando estreitar parcerias e dinamizar seu intuito educativo, além de dar voz aos escritores e incentivar a leitura no cotidiano dos leitores itaguaienses, e temos projetos muito mais audaciosos.

A caminhada de mil quilômetros começa com o primeiro passo, diz o provérbio chinês.

A Academia Itaguaiense de Letras, de Itaguaí, orgulha-se de já haver dado vários passos, nessa longa caminhada.

Atenciosamente,

Fundadores: Pedro Lodi e Antony José