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Dona Conceição no Calçadão |
Pisca,
pisca, pisca...
Me
levantei esta manhã, quase amanhecendo, quando percebi, no guarda-roupa, uma
luz oscilando intermitentemente. Era a luz da lanterna do celular. Me dirigi
até ele, ainda no escuro, e desliguei o “vaga-lume” digital, que despertava de
novo, anunciando um novo dia, mais uma nona oportunidade que eu estava tendo,
de passar para o papel, lembranças e ideias, registradas com a tinta da minha
caneta. Uma dessas lembranças foi a promessa que eu havia feito à dona Conceição,
conhecida como Ceiça dos doces de compotas (descobri há pouco tempo), de
escrever uma crônica em sua homenagem.
Dona
Conceição, além de seus atributos culinários, também é bibliotecária e formada
na língua espanhola; ela é uma peça rara, descoberta dentre tantas outras.
Apesar de ainda não ter nenhum livro publicado, muito contribui com suas lindas
e inspiradoras poesias, que são publicadas na coletânea que a Academia
Itaguaiense de Letras — AIL distribui nas exposições literárias, realizadas no
calçadão de Itaguaí mensalmente. Suas poesias são tão inspiradoras, ao ponto de
algumas pessoas que passam pelo calçadão em frente à tenda, pararem para ouvir
as declamações feitas por mim. Eu quero agradecer, em nome de todos os
escritores acadêmicos, a essa senhorinha tão simpática, alegre, disposta e
inspiradora, que se doa de corpo e alma pela AIL e pela biblioteca da Plenária,
que ela administra, com entusiasmo.
Quiçá
todos seguissem o seu exemplo de fé e persistência, que somente um autêntico
escritor acadêmico possui!
Sigamos
o exemplo de dona Conceição, que como o vaga-lume, sempre irradia uma luz tão
brilhante, mas a diferença, é que ela jamais se apagará.
Dona Conceição — escritora da AIL (cadeira nº )